VI Encontro Nacional Universitários de Diversidade Sexual (ENUDS) - Belém/PA


Discutir o Estado Laico foi o tema central do VI Encontro Nacional Universitários de Diversidade Sexual (ENUDS), que foi realizado nos dias 09, 10, 11 e 12 de outubro, na Universidade Federal do Pará (UFPA). O encontro reuniu cerca de 200 jovens universitários das mais variadas universidades do Brasil com o propósito de debater questões referentes a preconceito, tolerância e aceitação sexual.

Para a socióloga Cléo Ferreira, transexual e idealizadora do Orquídeas – organizador do encontro -, o ENUDS surgiu da necessidade de se conferir maior espaço ao segmento LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) ainda necessitado de amplas oportunidades democráticas. “É necessário que pensemos em todos. A UFPA, por exemplo, não tem um grupo de discussão permanente sobre sexualidade. Além disso, o preconceito é grande, inclusive entre os próprios estudantes. Precisamos lutar contra isso e mostrar que todos nós possuímos diretos de tomar decisões dentro de nossas universidades.”, salientou a socióloga.

Além de organizar o evento, o grupo Orquídeas procura, junto à Administração Superior, apoio para a criação de um Núcleo de Estudos de Pesquisas LGBTT. “Temos conversado com a vice-reitora, Regina Feio, e é possível que a idéia se concretize.”, afirmou a Cléo Ferreira.

Palestras - Durante o evento realizado pelo grupo Orquídeas, os universitários tiveram oportunidade de participar de vários debates e oficinas dos mais variados temas ligados à diversidade sexual.

Na mesa de Ciências Biológicas e Saúde - foi discutida a temática com a finalidade de apresentar, por exemplo, a relação paciente profissional de saúde, direitos sexuais e reprodutivos, políticas públicas de saúde entre outros temas relacionados.

No grupo de discussão de Educação e Arte foi abordada a questão da diversidade sexual nos cursos de formação de profissionais em educação e de que maneira estão inseridos os profissionais na área e de que forma são abordados os temas dentro da sala de aula já que os padrões heterormativos são impostos. Além de temáticas sobre as linguagens artísticas, manifestações culturais e a importância da expressão simbólica e religiosa.

Destinado em avaliar as implicações dos temas relativos à diversidade sexual, tratados nos vários enfoques sócios – econômico. A mesa de Ciências Sociais Aplicadas discutiu assuntos como, por exemplo, a diversidade nas organizações, do ponto de vista administrativo, acessa a políticas públicas no aspecto social e Turismo LGBTT.

A temática da diversidade sexual tem sua centralidade nos sujeitos históricos que sentem, personificam e vivenciam suas expressões sexuais. Esse foi o objetivo do Grupo de Discussão de Humanidades, abordando o cenário atual a partir de uma compreensão global dos agentes – sujeitos, instituições e ideologias – que atuam de forma determinante na composição do contexto político, histórico e de discursos sociais sobre a sexualidade.

Os estudantes de Exatas, Naturais e Geociências tiveram a oportunidade de compreender as fontes primárias dessa externalização do mundo atual, pondo em debate temas políticos e científicos mais atuais da chamada “ciência dura”, tais como o uso das novas tecnologias, a evolução da arquitetura e do urbanismo, as potencialidades naturais e econômicas de determinadas área geográfica, a utilização de determinada fonte de energia entre outros assuntos relacionados à diversidade.

Além das palestras os participantes tiveram oportunidade de conhecer um pouco da cultura de Belém do Pará, em festas realizadas pelos organizadores do ENUDS. Além do ato político realizado em umas das maiores festas da cidade A festa da Chiquita, que chega a receber mais de dois milhões de pessoas.
Enviado do Espalha Fato: Thiago Carvalho

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