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A entrada no estádio ocorreu com tranqüilidade. Os portões foram abertos as 17h e a revista não foi muito rígida, câmeras fotográficas foram permitidas sem maiores problemas, a única coisa que foi proibida de entrar, foram as garrafas de água. Com o intuito de que o publico consumisse as que eram vendidas a três reais, dentro do estádio.

Já dentro do estádio, foi bem tranqüilo, as pessoas corriam pra chegar o mais próximo possível do palco e já sentavam pelo chão para garantir seus lugares. Ambulantes passavam com isopores na cabeça vendendo água (R$3,00), refrigerante (R$4,00) e cerveja (R$5,00). Isso até o inicio do show, porque após isso os ambulantes, resolveram inflacionar o preço já preestabelecido das bebidas. Uma lata de cerveja chegou a custar R$8,00 durante o show. O que ocasionou certa revolta entre os fãs da cantora, que faziam coro de “Não compra!” para os que tentavam conseguir algo para beber.

A vista do palco montado e a expectativa para o inicio do show, animava a todos. Em determinado momento, as pessoas da arquibancada começaram a fazer “OLA” que logo foi acompanhado pelas pessoas das cadeiras abaixo.

As 20h(hora programada para o inicio do show) nem sinal da Madonna.
Alguns fotógrafos foram alinhados em uma parte especial da pista e algum tempo depois um produtor informou que as duas primeiras músicas seriam exibidas ao vivo pela TV Globo de São Paulo (informação esta, não confirmada até hoje!).

As 22e 40h, depois de mais de duas horas de atraso, o show teve inicio. O público eufórico gritava sem parar, nem dava pra escutar a cantora. Parece que o cansaço de mais de cinco horas de espera desapareceram no momento em que o vídeo inicial do show começou a ser passado.

Madonna surge sorridente no palco e no inicio da segunda música, como de costume, dá seu boa noite ao publico. “Boa Noite São Paulo” dito com sotaque característico de americanos falando português.

O Morumbi delira. Quando Madonna começa a cantar seu sucesso “Vogue” é acompanhada por um coro de aproximadamente 70 mil pessoas. Isso se repete em vários momentos, especialmente em “Like a Prayer”, “4 Minutes”e no momento em que uma pessoa selecionada no público escolhe uma música antiga para que a diva cante. Neste show, a escolhida foi “Like a Virgin”.

Durante todo o show, Madonna se mostrou bem sorridente e em alguns momentos em que não estava cantado, parecia estar conversando com as pessoas da pista VIP, como no momento do interlúdio “Dolli Dolli”.

Na última música do show “Give it to Me”, Madonna surge vestida com a camisa número 10 do Brasil, que ganhou do governador do Rio de Janeiro e leva o público ao extremo. Ela ainda desce do palco e fica a poucos centímetros das pessoas que estão na área VIP. Termina o show com “Thank You, Good Night” de sempre e o letreiro “Game Over” aparece no telão.

Logo após os fãs começam a deixar o estádio. A ida para casa foi bastante complicada, apesar de ser bem organizada, com filas nos pontos de ônibus e com ônibus já à espera dos passageiros, porem o transito não andava, muitos foram andando por quilômetros ate conseguir pegar um táxi ou chegar a alguma avenida mais livre de transito.

Posso dizer que foi uma experiência muito valida, apesar do cansaço e das dores nas pernas. Acredito que o maior problema tenha sido o atraso de mais de duas horas para o inicio do show. Isso eu garanto irritou muita gente (inclusive eu!). Houve vaias e xingamentos em determinado momento. O Dj Paul Oakenfold que se apresentou antes do inicio do show, levou algumas das vaias e pedidos para que se retirasse e trouxesse a cantora em seu lugar. Porém terminou seu “set” inteiro e só deixou o palco quando era sua hora determinada.

Como tinha muita gente com câmera, a vista do palco ficou muita comprometida. Torcicolo também foi um dos sintomas pós-show!
Mas depois de 15 anos de espera e ninguém sabe mais quantos anos terão que passar para que a “Rainha do Pop” retorne aos palcos brasileiros, todos os percalços são válidos.