Clube das Montadas
Ousadia, criatividade, sensualidade, erotismo. Esses e mais alguns outros ingredientes compõem a receita que quatro rapazes do ABC Paulista encontraram para sair da rotina. Leandro (Fudência), Bruno (Big), Rodrigo (Nickolli Quebra Pau) e Fábio (Meddelin) juntos formam o mais novo sucesso da noite de São Paulo: o Clube das Montadas. Com coreografias sensuais, despertam o desejo da carne, lembram as bailarinas do funk. Misturando funk a acordes pesados do Heave Metal, elas vão usando, abusando e causando por onde passam. Com apresentações nas melhores casas noturnas do centro de São Paulo o Clube cresce cada dia.
O que antes poderia ser uma brincadeira para sair do estresse diário, hoje tem outro sentindo. Foi ao conquistar o segundo lugar na batalha de dança Bafôn Bafú – Clube Glória que o grupo conseguiu destaque. Logo em seguida, foram convidados para uma apresentação com sete mil pessoas na Universidade Unibam – zona Oeste de São Paulo, causando muito tumulto. Hoje a agenda de shows está cheia, tamanho o sucesso que eles fazem.
O grupo tem intenção de mexer com costumes, comportamentos e vários discursos adotados pelos diferentes segmentos da sociedade brasileira, misturando o travestismo com um pouco da vida de Drag Queen, por isso são sempre alvo de comentários e críticas por onde passam.
Com projetos de viajar pelo Brasil, os polêmicos integrantes do Clube das Montadas escancaram em uma entrevista exclusiva ao Espalha Fato.
Jornal Espalha Fato: Como os criadores se conheceram e como foi o processo do surgimento das criaturas?
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[ Big ]
Big: É verdade, eu cresci com Fudência, claro eu sempre fui a mais nova da turma, e entre elas a mais "feminina" desde novinha já era fã das Spice Girls e meu sonho de consumo era ter uma bota ou salto plataforma igual das Spice, Meddelin e Nick, conheci já grandinha (grandinha até q demais) e unimos o útil com o agradável. rsrsrs.
[Nick] Nick: Primeiramente conheci Fudência em um baile à Fantasia, logo me surgiu uma vontade louca de curtir as noites com ela, Logo após conheci a Meddelin e através dela conheci a Big.
[ Fudência ]
Fú – Eu conheci primeiramente a Big (desde a infância) cabeçuda tadinha, mais enfim. A Nick e a Med. eu conheço através de amigos em comum, também algum tempo, tipo uns cinco anos. Na verdade, nem acho que houve um processo de surgimento rs. Lembro que quando criança, meus pais sempre viajavam, só ficava a empregada em casa, eu chamava meus amigos e pegávamos roupas da minha mãe pra nos apresentar pra Vá (empregada colocadíssima) e ela adorava. Aí foi quando começamos a fazer festas particulares e nos montar pra tiração de sarro mesmo.
[ Meddelin ]
Meddelin: tudo por amizades em comum em meio a tititis baladinhas e colocações...
JEF: Fale- me um pouco de cada personagem e suas características.
Big: A Big é uma criançona, q só dá risada, vive fazendo caras e bocas, e q chora também rsrs. Ela exala sensualidade e inocência, porém, sempre atualizada com suas vestimentas, com muito pretinho e uma boa franja na picuman, porque eu atoron.
Fú: A Fú é baseada em pessoas (putas) colocadíssimas, que só quer dançar, sem medo de se rasgar, ela é bem nervosa, desbocada, não fica horas se maquinado, enfim, o negócio da Fú é um bom salto, um bom beira cú e um pancadão. Claro rodeada de machos.
Nick: gosta do clima da sedução, de ser admirada e que em seus modelos sempre apareça um descuido que transpareça sua ousadia e a falta de preocupação para os tabus. Simpática para quem merece um desafio para quem ainda não a conhece...
Meddelin: Med. é ousada sexy sensual e adora um requebrado...
JEF: Quais suas influências musicais e culturais que o grupo possui?
Todas: O Funk e o Eletro são a base que Big e Fudência incorporaram no grupo, porém Nickolli traz algumas raízes do rock e Meddelin atrai influências do POP.
JEF: Como tem sido a receptividade do público nos shows de vocês?
Fú: É engraçado falar sobre isso, porque como disse, iniciamos por brincadeira, por diversão, na Batalha de Dança no Glória (que amamos), hoje é estranho ir pra noite e pessoas que nunca se viu na vida vindo falar c a gente, tira fotos, fico pasmo quando me gritam pelo nome (Fúúúú). Eu adoro.
Meddelin: nossa até mais do que todos esperavam já temos nossos fãs! Adoro hihi.
JEF: Quem é o criado das coreografias?
Big: Eu e Nick cuidamos do desenvolvimento das coreôs, deixando-as engraçadas, sexy e com muito movimento, que é o que gente gosta!
JEF: O grupo tem expectativas para sair viajando o Brasil?
Todas: Desde que role convites interessantes e que conciliem a todas porque não?
JEF: Como é definida a noite paulista pelos integrantes?
Meddelin: Pelo menos todos sempre fomos freqüentadores e crescemos no meio da noite underground paulista, q com certeza é a melhor! Por isso quando o clube faz shows nos lugares em que freqüentamos pra gente é só curtição!
JEF: Quais foram às casas noturnas que tiveram apresentações com vocês?
Todas: Tudo começou no Clube Gloria, passando por um pocket de coreô e entretenimento com o publico na Faculdade UNIBAN, fizemos uma apresentação no GRIND do Clube ALOCA e uns flashs na Killing in the Dance na TORRE.
JEF: Observei pelo Youtube que o show tem uma fusão de rock metal com funk, esse desejo é de unir tribos, ou seja, são apenas gozações?
Fú: Gostamos de vários estilos musicais, essa referência de mistura acontece naturalmente, gostamos quando estamos em cima do salto de um som pesado pra bater o cú.
Nick: O Objetivo é interagir entre as diversas vertentes musicais presentes no gosto de cada integrante apresentando que o respeito pelo gosto de cada um pode se tornar uma grande diversão e que vale a pena experimentar.
JEF: Como é escolhido o repertório do show?
Big: procuramos pegar algo bafônico e incrementar com algo absurdinho rsrsrs. ALOCA!
Nick: De acordo com o tema da Festa com o público que envolveremos em nosso show e a base primordial é a aceitação de todas integrantes.
JEF: Vocês definem o grupo como Drag Queen ou travesti?
Meddelin: ain também não sei.... Mas quando uma menina mandou um email pro dono da boate nos elogiando, ela usou o termo transformistas! kkk já me imaginei no show de calouros com Silvio Santos.
Nick: Somos Montadas, não procuramos a perfeição de uma Drag Queen, nem também possuímos a ideologia de vida de travesti, embora possuíssem traços de ambas procuramos definir o grupo como uma exposição das alucinações presentes na caracterização do eu “mulher” como uma diversão entre amigos.
Big: Dificil! Ai, eu nem sei! Travesti não sou, porque não faço ponto e nem tenho peito, Drag Queen, também não, ai sei lá MONTADAS esta ótimo assim. Rsrsrsrsrs.
Fú: kkk Sei lá, nem eu entendo!
[ Meddelin ]
JEF: Os integrantes estão comprometidos ou solteiros?
Fú: Solteiro.
Big: Comprometida a 4 anos
Nick: Essa respondo por mim... Solteira!
Meddelin: enrolado...
JEF: Após o início do grupo, vocês possuem vida normal ou só vivem montadas pelas ruas de Sampa?
Nick: Não agüentaria o close eterno no salto alto.... Durante o percorrer do Mês no relacionamos como homens e todos tem o seu trabalho distinto da montação.
Big: Magina! Tenho uma vida normal, trabalho estudo e namoro.
Fú: Vida normal, todos trabalham, temos uma vida normal sim, afinal imaginem eu nas ruas no dia a dia daquele jeito kkk, só pedrada na cabeça!
Meddelin: Magina! Os personagen duram apenas umas 5 horas porque as sereias se passarem desse prazo viram águas vivas! Ai é bafo.
JEF: Como vocês definem o clube das montadas?
Todas: Algo novo na noite gay paulistana, uma nova proposta. São 4 montadas mantendo sua respectiva característica. Aproveitando o embalo da chegada e aceitação das gays ao som do Funk. Que amamos!
JEF: Existem já shows agendados fora de São Paulo?
Todas: A agenda de 2009 ainda está em fase de negociação.
[ Nickolli quebra pau ]
JEF: Como foi definido as escolha dos nomes de cada personagem de vocês e do grupo?
Nick: Nickolli Quebrapau tem o sobrenome batizado pela madrinha BIG e o nome de algumas referências que a loira encarna. O Nome do grupo foi escolhido em cima da hora por Nickolli e repassado a Big que já adotou a idéia, pois precisávamos de um nome para participar da Batalha de Dança.... Primeira aparição do grupo em formação.
Fú: A Big me deu esse nome, muito tempo atrás, agora o porquê é segredo kkk na real é pesado!
Big: Meu Nome Big veio dos amigos, sempre fui grandona, cavala rsrsrsrsrs, então ganhei o nome de BIG rsrsrsrsrsrsrs.... ATORON ESTE PERIGON
Meddelin: tinha uma t-shirt da amp meddelin 55 achei super feminino, ai adotei... I Love my name! kkk
JEF: O grupo hoje em dia já toma muito tempo da vida de vocês?
Fú: É super corrido quando temos apresentação ou até mesmo quando vamos apenas dar um close. Pois o dia a dia de cada uma de nós, já é super corrido. Mais damos um jeitinho. Uma liga pra outra comprar uns cílios, a outra me liga pedindo salonpas pra acuendar a neca. Assim nos arrumamos...
[ Big ]
JEF: Vocês sofrem preconceito por meios dos gays, por usar estereótipos gays?
Meddelin: ain já percebi uns carões de algumas que se dizem top drags... Não estou aqui para ser só mais uma mais também não me sinto a tal... Eu sei que sou bonita, o povo que aplaude é o povo que acredita!
Nick: Se sofremos nossa satisfação e prazer na Montação destrói antes de nos atingir. Somos felizes em cima do salto e isso é o que nos importa
Fú: Nunca senti isso não, muito olham acham engraçado, alguns nem sabem do que se tratam, alguns nos convidam pra programas. Mais, pelo meu ponto de vista, somos bem aceitos, enfim, estamos lá pra nos divertir, não pra ser referência e tal. Acho que é isso.
JEF: Qual a relação de vocês com o público heterossexual?
Big: Nossa! Uma delicia, com os cafuçús, são sempre boas né! Rsrsrsrsrsrsrs
Fú: Ótima, eles adoram e nós também. É a gritaria, por exemplo, o show na Faculdade Unibam, que eu não pude ir. Elas se apresentaram para um público hetero de 7 mil pessoas e como o vídeo no Youtube mostra, foi super aceito
Nick: Tenho vários amigos e eles adoram, mas não temos problemas até acho que eles gostam mais do que o público gay, tanto que uma de nossas melhores recepções foi na UNIBAN, contanto com um público de 7.000 alunos caracterizados como heteros... Embora né baby... Abapha!
Meddelin: depois do show da faculdade pra 7000 sem comentários o povo faltava colocar a universidade a baixo quando colocávamos o cú pro alto! kkk
JEF: As personagens deste clube são distintas dos seus criadores, ou tem um pouco de cada um?
Meddelin: acho q sou vaidoso tanto quanto a Meddelin, mas acho-a mais comportada! kkkk
Nick: A Nickolli possui algumas características minhas referentes ao humor... Um fato delicado... rs. O gosto musical também faz esta referência.
Fú: Eu sou muito tímido, por incrível que pareça, o que a Fú tem de mim um pouco acho que é amar dançar, uma coisa que não suporto nela, é muito desbocada kkk.
Big: Á BIG se parece muito comigo, ela é sensível, e divertida.
JEF: Qual a posição sexual de cada personagem deste clube e dos seus criadores?
Meddelin:. hauhauh a Med é virgem! Agora, sobre Fabio vão ter que fazer uma enquete fica a dica! kkk
Big: Eu sou Total Flex, gosto de sentir prazer.
Fú: Eu nunca transei montada kkk vocês já meninas??? Sexo até de ponta cabeça é bom.
Nick: Essa perguntinha eu deixo para as amigas de casa. Rsrs
JEF: Como anda a preparação de vocês para os shows?
Fú: Estamos com um novo projeto, engraçadíssimo, e é a nossa cara, a Big gravou 2 funks que já estão disponíveis no Youtube “ Troca de Aplique “ e “ Colocada “. Será engraçada a primeira apresentação desse projeto. Aguardem!
Big: como a vaca da Fú já disse, temos 2 funks pronterrimos para arrasar agora com Pocket show regado a coreôs rsrsrsrsrsr
NICK: Em breve um novo hit vai detonar o Brasil e será lançado pela nossa MC.
Meddelin: big esta arrazandooo com o nosso funk acho q vamos começar a trabalhar em cima deste fervo.
Adoro esse sucesso....
Desde o Inicio no Gloria vcs arrasam....amo vcs
Anônimo says
Beijo da Jaque
Anônimo says
Nossssssa....Sou fã!. Quando vcs vêem ao Rio???
Unknown says
Oláaa.... Sou o Leandro, sou integrante do Clube, acabei de ler a matéria assim como sempre faço a todas as matérias do Espalha Fato, alem de passar aqui pra agradecer, quero parabenizar o Jornal que acho sensacional e principalmente ao Luís que eh um mega profissional! Sucesso sempre... Bjus!
Anônimo says
Não acreditooo!.... Pasma com elas!
Vi elas na Loca, quando te mais shows aqui em SP? Comentei no meu trabalho, todo mundo quer ver elas ao vivo, no YouTube num tem mais graça, já decorei os vídeos rs... Beijos lindas. Amei ler mais sobre vocês! ;)
Anônimo says
Nossa, já tinha ouvido falar delas, mais nada assim tão detalhado. Juro que agora sou fã, é uma pena não ser de SP para vê-las de perto...
Venham à Recife pleasseeeee!
Obrigado pela matéria, adorei!
Anônimo says
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Axei mara e apetitosa essa entrevista.
Paulo Roberto/MG
Anônimo says
ARRASARAM na entrevista
ricas e francas
adorei
A Fudencia sempre Fudencia
Meddelin basica respondendo só o necessario
Nisck nervosa e provocativa
Big Miss Brasil e a mais fofa!
ADORO.
Esse jornal é nordestino mais sabe o que fala, amei Luis e parabéns você é um homem de talento, vem para Sampa menino.
kkkkkkkkkkkkkkk
Anônimo says
nossa,amei a matéria,ficou ótimaaa!
parabenizo o luís que cada vez mais vem se destacando nas matérias.aliás,esse é o principal motivo do meu acesso ao site.so fico triste pelo fato do responsável pela postagens das fotos nao ter a mesma responsabilidade de quem faz as matérias,pois estou a mais de 2 semanas esperando uma foto minha aqui no site e nao esta!
parabéns luis. vc merece todo esse sucesso! espero ver muitas reportagens suas aqui. PARABÉNS por essa e muitas outras que jah li aqui.
Anônimo says
Clube das Montadas é tudoooooooooooooooo... Tive a oportunidade de conversar com a Fudência e com a Nick na balada, uns amores. Amei ter conhecido, faltam as outras duas que ainda não conheci. Garotas, continuem assim, brilhem, vcs fazem a diferença da noite. Da próximaquero fotos heim rs.
Anônimo says
Adorei a matéria.
Luís você conseguiu capturar muito bem o que o público gosta e necessita saber, tanto sobre os artistas quanto os seus personagens. Ficou bem claro os seres distintos que são, a matéria passou muito longe de ser algo pedante ou até mesmo apelativa o contraponto feito entre as figuras humanas e as características dos personagem foi feita de forma sutil e sensível.
você foi maravilhoso, acho fantástico ver esse outro lado do mundo gay que poucos assim como eu conhecem.
Você consegue passar tudo de forma engraçada e ao mesmo tempo impor respeito a essa classe. parabéns!
grande abraço!
Melissa B.
Anônimo says
Preciso do seu contato, quando virá ao Rio de Janeiro?
abraços
Anônimo says
Preciso do seu contato, quando virá ao Rio de Janeiro?
abraços
Melissa B.
Anônimo says
Olha só, eu confesso que não gosto muito dessas viadagens não pq sou macho mesmo. rs. Mas a minha amiga me falou da matéria e passei pra dar uma olhada, o texto prendeu minha atenção até o fim. achei legal saber que os caras tem vida normal e fazem o lance dos shows pra se divertir e tirar uma onda mesmo. achei até legal a idéia de ver os shows deles numa festa da minha faculdade, rs, seria o caos da alegria, já até imagino meus amigos dançando funk imitando os caras aí, quero dizer as meninas, rs.
bem legal a matéria, vou passar a frequentar o site mais vezes, assuntos dinâmicos e polêmicos, isso sim me interessa, valeu cara!
abraço!
Anônimo says
Uauuuuuu.... Showwww! Garotas vcs fazem e acontece, axei luxo!
Anônimo says
aaaaaaaaah eu tb queria comentar...
a Med ehhhhhhhhhhh maaaaara...
gaaaaaato gato gato...quero conhecer essa gaaaaaleraaa!
Anônimo says
Reportagem muito bem colocada! Além de valorizar a diversidade do site e o respeito com todo o publico, a materia conseguiu mostrar a imensa variedade tanto quanto a aceitação do publico com novas perfomace na agitada noite paulista.
Infelizmente ainda não aceito por outras regiões no Brasil, o preconceito da sociedade ainda é muito forte e predominante nessa cultura de massa que necessita ser modificada com mais informação...!
Parabéns ao Luiz Magalhães pela reportagem e toda equipe responsável pelo site.
Anônimo says
Fiquei sabendo sobre a matéria e vim dá uma olhadinha e achei show a irreverência dos rapazes e o humorismo. Parabéns para o jornal e o repórter Magalhães.